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Foto do escritorBruno Cunha

Carreira e Felicidade: descubra como encontrar êxito nesta jornada


A felicidade e o trabalho sempre foram dois conceitos problemáticos para se pensar juntos, principalmente pela associação comum e precisa entre o trabalho e a necessidade imediata, sendo, portanto, o trabalho relacionado com algo que se faz porque se deve e sem necessariamente ter que ser algo satisfatório.


Por sua vez, a felicidade sempre esteve ligada aos momentos livres, ao lazer, às coisas prazerosas da vida, estando presente, sobretudo, na esfera pessoal. Por muito tempo, a relação entre felicidade e trabalho, felicidade e carreira não foi sequer pensada como algo importante, porém, na última década tem ficado cada vez mais evidente esta preocupação.

O conceito de felicidade

Em um mundo que cultua cada vez mais as aparências, o que se tem em detrimento do que se é, em que as redes sociais se tornam parâmetro para a vida real, é muito mais difícil conseguir perceber a felicidade como algo pessoal e que deve ser compreendida na própria subjetividade.


Hoje em dia, a busca pela gratificação pessoal cresceu e existe uma grande demanda pela satisfação e felicidade em todos os âmbitos da vida, sendo altamente desejado um emprego que traga todos os bons sentimentos e as respostas desejadas. No entanto, existe aí um erro grave que pressupõe que não há sofrimento na felicidade ou para alcançar a felicidade.


Outro erro que faz com que a felicidade e a satisfação se tornem mais difíceis de alcançar é a divisão da vida em setores. É não pensar na vida como um grande amontoado de coisas e situações que simplesmente devemos compreender como um todo. Pensar o trabalho como uma parte e a vida pessoal como outra acaba criando uma ideia dicotômica de insatisfação de um lado e satisfação do outro. Será que somente sentiremos a felicidade quando nos sentimos plenamente satisfeitos em tudo que desejamos?


Quando pensamos a carreira profissional como algo que faz parte de nós, como algo que é um resultado de uma série de escolhas pessoais tomadas há muito ou pouco tempo, ou então como o desenvolvimento de um trabalho que ficamos satisfeitos em fazer, então este suposto abismo entre a carreira e a felicidade diminui.

O sofrimento e a felicidade

Um dos resultados problemáticos dessa busca desenfreada pela satisfação pessoal faz com que seja incutida a ideia de que existe apenas satisfação e felicidade na ausência de problemas e sofrimento. Não se trata aqui de defender o sofrimento como algo belo e essencial, mas reconhecer o papel do esforço no alcance da felicidade, afinal ele existe.


Aquilo que é fácil, que é simples alcançar pode se mostrar igualmente decepcionante, afinal, não foi necessário nenhum esforço, nenhum mérito. Quando nos esforçamos e colocamos o cérebro para funcionar e criar as situações mais apropriadas ao alcance dos sonhos e projetos, então a satisfação é ainda maior quando esses sonhos são alcançados.


A falta de obstáculos no caminho faz com que a vitória seja menos satisfatória, afinal não demanda nenhum esforço concreto, nenhum pensamento mais complexo, nenhum sonho duramente acalentado. Além disso, quando lutamos para desenvolver nossos projetos, trabalhamos o cérebro e o desenvolvemos para que ele seja capaz de encontrar as soluções mais apropriadas.


Neste sentido, é do esforço e do sofrimento que vem a satisfação e a felicidade completas quando um objetivo é alcançado. Mais uma vez, não se trata de romantizar o sofrimento, apenas de reconhecer que conseguir algo há muito desejado por meio do esforço pessoal é muito mais recompensador do que aquilo que vem facilmente em nossas mãos.

Afinal, é possível ser feliz no trabalho?

Conciliar a felicidade e satisfação ao ambiente profissional tornou-se um desejo da maioria das pessoas do mundo moderno. A ideia de sentir-se feliz ao desempenhar as tarefas rotineiras no trabalho tem se tornado cada vez mais importante principalmente nas gerações mais novas que buscam realizar-se também no âmbito profissional.


Se a busca pela felicidade é algo comum e louvável, por vezes ela pode ser um tanto quanto ilusória e mesmo romantizada. Além disso, existe uma concepção incorreta de felicidade como algo fácil, que não frustra, que não traz dificuldades ou sofrimento. Trata-se de uma ideia imprecisa e altamente ilusória de felicidade como algo que se tem a todo o momento.


É importante, nesse sentido, estar atento para as oportunidades que a vida proporciona e não ter medo de traçar planos com etapas possíveis. Caso a frustração, o sofrimento ou a dor apareçam, que tal enxergá-los como elementos fundamentais em prol da realização, do sucesso ou da felicidade?


E aí?! Me conta como você percebe esse tema deixando seu comentário para que possamos trocar novas ideias! Se estiver vivendo um momento que deseje compartilhar de forma individual agende uma sessão de psicoterapia voltada para a carreira aqui!


Bruno Cunha, Headhunter & Consultor de Carreira. Especialista em consultoria de carreira para profissionais (técnicos, gestores, consultores, docentes, empreendedores e autônomos/liberais) que buscam recolocação, mudança de emprego, desenvolvimento profissional ou transição de área/carreira. Nos últimos 18 anos, desenvolveu métodos de diagnósticos profissionais capazes de identificar as necessidades individuais de centenas de profissionais.


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